Segundo os mentores, trata-se de um projecto pioneiro em Portugal, que visa sensibilizar para a utilização de energias renováveis.
A casa pré-fabricada de madeira produzirá energia eléctrica limpa através da instalação de painéis fotovoltaicos, que captarão a energia solar, e de um aerogerador, que captará a energia eólica (vento).
Segundo o coordenador do projecto, os dois sistemas em conjunto poderão produzir energia na ordem dos 500 watts, o que permitirá assegurar a iluminação da casa e o funcionamento de uma televisão e de um computador.
Um sistema térmico permitirá ainda aquecer a água da casa - de tipologia T0 e sem casa de banho, mas com pontos de água -, acrescentou Luís de Abreu, mentor do projecto "Casa Limpa - Autonomia Energética".
A ideia é que parte da energia produzida seja lançada na rede pública, embora em quantidade pouco significativa, explicou o professor de Electrotecnia, que começou a desenhar o projecto há mais de um ano.
Ladeada por um jardim com rega monitorizada e com acessos feitos em calçada portuguesa, a casa, que ficará instalada no pátio daquela escola, ao lado de uma nora, deverá poder ser visitada a partir de Maio.
Por enquanto pouco se vê no terreno, apenas algumas tubagens e pequenos blocos a delimitar a área, pois o projecto começou a ser implementado há menos de um mês, apesar de já despertar a curiosidade da comunidade escolar.
O projecto é considerado pioneiro pelo seu mentor, por ser feito numa escola e pelo facto de o objectivo ser produzir energia para que possa ser utilizada não só na casa, como eventualmente lançada na rede.
Envolve os professores do grupo de Electrotecnia e cerca de duas dezenas de alunos, que serão integrados na actividade, com a missão principal de sensibilizar para a utilização de energias renováveis.
Rui Quintas, também professor daquele grupo, diz que a grande batalha deste tipo de projectos é mostrar que o futuro "está aqui, nestas tecnologias" ligadas às energias renováveis.
O professor, que estudou numa Escola Industrial, tal como era a de Silves quando foi criada, em 1959, lamenta que a partir da Revolução de 25 de Abril, se tenha criado no país uma mentalidade de "doutores".
"A partir dessa altura começou a pensar-se que Portugal só precisava de doutores e senti que a minha escola estava a morrer", recorda, sublinhando que o mercado de trabalho precisa muito de técnicos como os que são formados na escola de Silves.
A obra começou com um orçamento de cerca de 15 mil euros, mas a fasquia já terá atingido os 50 mil euros, apesar da construção da estrutura e todos os equipamentos tenham sido cedidos por empresas.
O município de Silves também tem prestado algum apoio, assim como o Instituto Superior Técnico (IST), e o departamento de Geografia, Geofísica e Energia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que têm dado apoio científico ao projecto.
Numa fase posterior, a escola quer estender a produção de energia limpa a todo o perímetro escolar, com a colocação de mais painéis fotovoltaicos e outros sistemas.
Fonte: Observatório do Algarve
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=26187
Imagens:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHEJJ54U150yV2N-myXcAilms5hht5bkxThldysQ1W3uv9OkbHyVNOcSUCnT3i2I55lFCGa0TaEnctwFSReCk0-yEJitre0jeYZ2VV-EdOBRyw0yphJUwOP_w-kY-ZgVz0eLs1YpxQ2Bc/s1600-h/casa_eco_www.planetaorganico.com.br.gif - Fotografia de Casa Limpa, Amiga do Ambiente
http://www.aleksandarrodic.com/images/content/energy_plant_2_full.jpg - Imagem alusiva à Energia Eólica
http://www.envirotherm.ie/images/solar-energy%5B1%5D.jpg – Imagem de Casa a utilizar Energia Fotovoltaica
Saudações da Escola Secundária de Silves
ResponderEliminarA implantação deste projecto está a caminho de ser terminado – como projecto-piloto a nível nacional do ensino básico e secundário. O jardim, construído pela Câmara Municipal de Silves está pronto. O espaço é constituído por arbustos autóctones e duas laranjeiras – baptizadas de “Portugal” e “Algarve”e plantadas, respectivamente, pelos alunos da sala 3 da Escola EB1 de Silves e os alunos da nossa turma CEF T5-2ºAno, do Dia Internacional do Ambiente. O aerogerador da Ahead um LCD Samsung e um portátil LG estão a chegar. O display da Datadisplay vai ser montado em breve (visualização dos valores de produção e consumo de energia eléctrica e térmica, de CO2 não utilizado, temperatura, radiação solar, etc.)
Há pouco mais de duas semanas, em directo do “Portugal em Directo” oferecemos os nossos conhecimentos e o nosso trabalho – alunos dos cursos profissionais Técnico de Energias Renováveis e Técnico de Instalações Eléctricas e professores e professores de Electrotecnia - , para montarmos, tal como aconteceu na nossa Escola, sistemas de energias fotovoltaica, térmica e eólica – a custo zero, numa escola do ensino básico no Município de BOA VISTA na República de Cabo Verde e ter como parceiros no terreno o Município de Silves – geminado com aquele, o Instituto Piaget, a empresa Multiopticas – no rastreio da acuidade visual e tensão ocular da comunidade, entre outros.
Já temos a concordância daquele País, através do Depto. de Estudantes, Serviço de Cooperação da sua Embaixada em Lisboa em 26/05/2009, dizendo que agradecem o nosso propósito e gostariam “de saber quais os moldes em que seria possível viabilizar esta acção, por forma a propor a mesma a instituições nacionais, com vista à definição de parceiros locais para a sua realização”.
Queremos lançar a ideia – com visibilidade nacional e nas comunidades dos PALOP, através de uma iniciativa no espaço da FISSUL em Silves, que seja um encontro com Cabo-Verde - os seus costumes, a sua cultura, a sua música, a sua gastronomia, com os portugueses e sobretudo com os jovens da nossa Escola e escolas de todo o Algarve.
Quiçá, o mês de Setembro, de retorno às aulas, fosse o momento ideal.
Já começámos a convidar investidores/patrocinadores e instituições da cultura e da ciência portugueses para aderir ao novo projecto ESCOLA VERDE – Autonomia Energética.
Obrigado pela divulgação…e estão todos convidados a visitar a CASA LIMPA.
Luís de Abreu
Coordenador do projecto da
Escola Secundária de Silves