segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Águas do Algarve desenvolve projectos de sustentabilidade energética


A Águas do Algarve está a instalar 49 sistemas solares fotovoltaicos em infra-estruturas dos sistemas multimunicipais de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, que vão permitir produzir cerca de 281.000kwh de energia verde por ano, com uma redução na emissão de CO2 para a atmosfera de aproximadamente 143 toneladas.

O investimento, na ordem de um milhão de euros, traduz-se também na diminuição dos custos energéticos, que em ambos os sistemas multimunicipais poderá chegar a uma poupança na factura energética de 11,3%.

A esta iniciativa a Águas do Algarve junta vários outros projectos na área das energias renováveis, de que serve de exemplo a produção de electricidade através de uma mini-hídrica a instalar na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Alcantarilha, cujo concurso público deverá ser lançado ainda durante o mês de Julho. Esta mini-hídrica, cujo projecto de instalação foi desenvolvido em parceria com a Hidropower, fará o aproveitamento da energia potencial e cinética da água existente nas condutas, produzindo electricidade através de hidro-turbinas. Com uma produção prevista, já para 2010, de quase dois milhões de kwh por ano, esta infra-estrutura permitirá reduzir a emissão de CO2 em cerca de 950 toneladas por ano.

Numa colaboração entre a Águas do Algarve, o CEEETA e o INEGI, está também a ser medido o potencial eólico em terrenos de propriedade da empresa do Grupo AdP localizados no concelho de Alcoutim, tendo em vista a futura instalação de um parque eólico.

A Águas do Algarve tem ainda em estudo a produção de energia através de centrais de digestão anaeróbia com recurso ao aproveitamento do biogás a instalar em duas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), nomeadamente Lagos e Companheira em Portimão.

Com o desenvolvimento destes e outros projectos na área da produção de energia a partir de fontes renováveis, a Águas do Algarve pretende dar o seu contributo para o cumprimento dos objectivos a que Portugal se propôs atingir com a assinatura do Protocolo de Quioto, bem como no âmbito das acções preconizadas no PEASSAR II (2007-2013), no que respeita à diversificação das fontes de energia.
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Pedro Abrantes (NAMB)

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