quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

UALg em projecto para rentabilizar 50% da energia solar

Investigadores de Centro de Electrónica, Optoelectrónica e Telecomunicações (CEOT) da Universidade do Algarve (UALg) contribuíram para o desenvolvimento de um método totalmente novo, capaz de aproveitar melhor a energia que os painéis solares recebem do sol.

Até agora estes painéis apenas convertem, em média, 10% da radiação solar que chega à Terra, mas se a hipótese avançada pela equipa de investigadores se verificar na prática, a fracção de energia rentabilizada pode aumentar em 50%, explica a UALg.

A Universidade de Amesterdão, na Holanda, em parceria com a UALg e com o Ioffe Physico-Technical Institute, em São Petersburgo, na Rússia, desenvolveram um método inovador para aumentar a quantidade de energia convertida em electricidade pelas células dos painéis solares.

O avanço alcançado pela equipa de investigadores, liderada pelo professor Tom Gregorkiewicz, da Universidade de Amesterdão, está a captar largo interesse junto da comunidade científica internacional, sendo que os resultados deste trabalho vão ser publicados na edição de Fevereiro da revista Nature Photonics, merecendo ainda um destaque na revista Nature.

Os investigadores mostraram que partindo os fotões mais energéticos (ultra-violetas) e separando-os no espaço é possível converter uma maior percentagem de energia em electricidade, através de painéis solares, do que se converteria antes do corte.

Descoberta será validada no Campus de Gambelas

Propostas para projectos de investigação vão ser brevemente submetidas com o objectivo de fazer a validação deste novo processo de aproveitamento da energia solar, validação essa que será conduzida, com parceiros, na UALg pelo CEOT.

O resumo do artigo está disponível no sítio da Internet da Nature Photonics, na secção Advance online publication:

www.nature.com/nphoton/journal/vaop/ncurrent/abs/nphoton.2007.279.html

Fonte: Região Sul

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Monchique vai ter central de biomassa em 2012

O Algarve vai ganhar a primeira central de biomassa em 2012, estrutura amiga do ambiente que transformará resíduos de floresta em electricidade, cujos objectivos, além de obter energia, é prevenir incêndios e oferecer empregos. A biomassa é feita a partir de mato, resíduos de cascas, folhas ou ramos de árvores, árvores, produtos agrícolas como a beterraba ou cereais ou ainda a partir de gás animal.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Monchique, Carlos Tuta, afirmou estar convicto que a construção da central de biomassa arranca ainda antes do final de 2009. A EDP, por seu turno, disse à Lusa que a conclusão da central está prevista para 2012. «Temos a expectativa de, durante o prazo estabelecido para a implementação da estratégia de geração de electricidade com base em biomassa florestal em Portugal, que como se sabe termina em 2012, se concluir a central», explicou fonte das Relações Públicas da EDP.

Questionada pela Lusa sobre se a EDP é que irá fazer a obra, a empresa explicou que serão lançados «concursos públicos», levando a uma agregação de empresas de especialidades diversas, capazes de «consumar a edificação da central em cerca de dois anos e meio».

A central de biomassa terá um investimento na ordem dos 75 milhões de euros da Bioeléctrica - empresa controlada pela EDP Altri - e estima-se que vá gerar cerca de 20 empregos directos e cerca de 150 empregos indirectos para recolha, processamento e transporte da biomassa, adiantou à Lusa a empresa.

A central de biomassa ficará na localidade de Alcanforado, Foz dos Besteiros, que faz fronteira com o concelho de Odemira e vai produzir energia para «satisfazer um consumo médio anual de cerca de 100 mil habitantes», indica a EDP.

Esta central vai «dar escoamento útil aos excedentes gerados nas actividades de exploração florestal» e converterá «toda a biomassa florestal residual, actualmente sem valor económico, em electricidades», explicou a mesma fonte da EDP.

Confiante sobre o sucesso da central, o autarca de Monchique, conta que é uma forma de contribuir para a diminuição dos incêndios e para ter as matas limpas e também vai trazer. «Cada tonelada de resíduos será pago entre 25 a 30 euros», mencionou Carlos Tuta.

A valorização da biomassa florestal faz parte da estratégia nacional para a promoção e desenvolvimento das energias renováveis.

Em 2006, o Governo abriu 15 concursos para novas centrais de produção de electricidade através da biomassa, com uma potência conjunta máxima de 100 megawatts, segundo a informação disponibilizada no site da Direcção-geral de Geologia e Energia.

Portugal tem como objectivo atingir em 2010 uma meta de 150 megawatts de energia eléctrica produzida através da biomassa. A EDP tem, desde 1999, uma central em Mortágua, a pioneira em Portugal e na Europa, com o mesmo tipo de biomassa que vai ser a central de Monchique e é responsável por uma segunda central em Vila Velha de Ródão, que iniciou há um ano a exploração comercial.

Segundo informações da EDP, um dos grandes benefícios desta central de Monchique é que vvai escoar a biomassa produzida na exploração florestal «dinamizando a gestão florestal e o ordenamento do território» através da diminuição do risco de incêndio florestal.

Fonte: Lusa

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Portugal ocupa o 18º lugar no Índice de Desempenho Ambiental 2008

O trabalho feito na área do clima, poluição do ar, água, recursos naturais e qualidade ambiental valeu a Portugal o 18º lugar no Índice de Desempenho Ambiental 2008, elaborado por uma equipa das universidades de Yale e Columbia, apresentado ontem no Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça.

A lista de 149 países é liderada pela Suíça (com 95,5 por cento), logo seguida da Noruega, Suécia e Finlândia. Os últimos são o Níger (com 39,1 por cento), na 149ª posição, Angola e Serra Leoa.
À frente de Portugal (com 85,8 por cento) estão ainda a Costa Rica, a Áustria, Nova Zelândia, Letónia, Colômbia, França, Islândia, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Eslovénia, Lituânia e Eslováquia. Espanha surge na 30ª posição, os Estados Unidos na 39ª e a China na 105ª.

Este índice avalia o desempenho ambiental com base em 25 indicadores, distribuídos por seis categorias de políticas: saúde ambiental, poluição do ar, recursos hídricos, biodiversidade e habitat, recursos naturais e alterações climáticas.

Das seis categorias, Portugal tem o pior desempenho na área da biodiversidade e habitat, ficando abaixo da média. Na verdade, os piores resultados surgem no indicador de áreas marinhas protegidas e conservação efectiva da natureza.

Portugal posiciona-se acima da média europeia em cinco das seis categorias: qualidade ambiental, poluição do ar, água, recursos naturais e alterações climáticas. Os indicadores onde o país conseguiu os melhores resultados passam pelo saneamento básico, água potável, emissões per capita e protecção de habitats críticos.


A classificação dos Estados Unidos, no 39º lugar, foi muito influenciada pelo seu fraco desempenho em matéria de gases com efeito de estufa e no impacto da poluição do ar nos ecossistemas. “O desempenho dos Estados Unidos mostra que a próxima administração não deve ignorar os impactos ambientais nos ecossistemas, bem como na política agrícola, energética e gestão da água”, comentou Gus Speth, da Universidade de Yale.

A análise das posições sugere que “a riqueza é um factor determinante do êxito ambiental”, segundo um comunicado da universidade de Yale.

“Os países com melhores resultados (...) adoptaram políticas públicas para mitigar os danos provocados pela actividade económica”. Já os “países com piores classificações, não realizaram as mudanças necessárias na saúde pública ambiental e têm fracos regimes de política pública”.

“Cada país tem algo a aprender com o Índice de Desempenho Ambiental. Mesmo os países com melhores posições têm áreas nas quais o seu desempenho não é óptimo”, comentou Daniel C. Esty, director do Centro de Legislação e Política Ambiental da Universidade de Yale e professor de Legislação e Política Ambiental.

Devido à falta de dados, 89 países ficaram de fora desta lista.

Fonte: Público

Jorge Mateus
(Secretário)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

CE quer plano único europeu de licenças de emissão de CO2 a partir de 2013

A Comissão Europeia (CE) apresenta quarta-feira um pacote legislativo que inclui para a criação de um único plano europeu de atribuição de licenças de emissão de gases poluentes, em vez de 27 nacionais, a partir de 2013.

A proposta de Bruxelas, a que a Agência Lusa teve acesso, prevê a redução em 20 por cento das emissões de gases com efeito de estufa até 2020, em relação a 1990, e de 14 por cento em relação a 2005, ano em que o CELE entrou em vigor.

O esforço de redução destes 14 por cento será distribuído em dois grandes blocos, um dos quais o dos sectores abrangidos pelo Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) - como o da energia eléctrica, aço, papel, cimento, químicos e outras grandes indústrias - que terá que reduzir, a partir de um de Janeiro de 2013, 21 por cento (em relação a 2005) as suas emissões de gases com efeito de estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2), mas abrangendo também poluentes emitidos por fertilizantes, como o óxido nitroso, e pela indústria do alumínio, como os perfluorcarbonos.

O sector da produção de electricidade e as refinarias deixarão de ter, a partir de 2013, licenças de emissão gratuitas, tendo que as adquirir no mercado, medida que deverá ter um impacto entre 10 e 15 por cento nos custos de produção, segundo fonte comunitária. Os restantes sectores incluídos no CELE verão as suas licenças gratuitas progressivamente reduzidas até 2020, quando deixarão de existir.

Bruxelas estipula ainda que 20 por cento das receitas dos leilões serão atribuídas à luta contra as alterações climáticas, a promoção de energias renováveis e a mitigação de impactos sociais.
O outro grande bloco é constituído pelos sectores excluídos do CELE - como os dos transportes - que terão que cortar as emissões em 10 por cento (em relação a 2005), sendo que, neste caso, o esforço será distribuído pelos 27 num intervalo que varia entre os 20 por cento de corte e outro tanto de aumento, segundo cálculos que serão baseados no produto interno bruto (PIB) per capita de cada Estado-membro.

A distribuição deste esforço por país só será conhecida na quarta-feira. O pacote legislativo a apresentar abrange ainda a dinamização das fontes renováveis, que deverão representar 20 por cento da energia produzida na União Europeia (UE), sendo essa percentagem de 11,5 em relação a 2005.

A meta traçada pela CE para Portugal no âmbito das renováveis, segundo revelou na semana passada o ministro da Economia, Manuel Pinho, é de 31 por cento. O primeiro-ministro, José Sócrates, assumiu perante a Assembleia da República o compromisso de produzir 45 por cento da energia a partir de fontes renováveis até 2010.

O pacote legislativo inclui ainda a aposta no chamado «carvão limpo» (com captura e armazenamento de carbono) e inclui a energia nuclear, ainda que indirectamente, no cabaz das renováveis, uma vez que não produz CO2.

O armazenamento de carbono é uma solução que reduz a necessidade de compra de licenças de emissão de gases poluentes em leilão, dado que o CO2 produzido não é libertado para a atmosfera.

O esforço para combater as alterações climáticas implica ainda o uso de 10 por cento de biocombustíveis no sector dos transportes, desde que a produção seja sustentável, nomeadamente nos de segunda geração, sintetizados a partir de resíduos florestais, por exemplo.
Fonte: Agência Lusa

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Bem Vindos

Caros membros e simpatizantes do Namb e amigos do ambiente em geral,

Bem vindos ao Blog oficial do Namb – Núcleo de Ambiente da Universidade do Algarve. Este é um espaço criado para divulgar projectos, iniciativas e actividades levadas a cabo pelo Namb, de forma a manter informados todos os interessados. É também objectivo deste Blog fazer referência a notícias e acontecimentos na área do ambiente, não só a uma escala local/regional mas também a um nível global.

A actual direcção foi eleita no passado dia 14 de Dezembro de 2007, apresentando-se nas eleições como Lista A, com o Slogan “O Futuro Passa Por Nós”. Fazem parte desta direcção Luís Costa (Presidente), Jorge Mateus (Secretário), Sandra Domingues (Tesoureira), Ana Catarino, Catia Guerreiro, Patrícia Mestre, Telma Farinha e Tiago Guerreiro (Vogais). Quanto à Mesa do Plenário é constituída por Pedro Abrantes (Presidente), Carla Inácio (Secretária), Carla Botica (suplente).

Esta nova equipa pretende optar por um caminho inovador, dinâmico e activo com acções junto da comunidade académica e regional. Os nossos principais objectivos passam por manter vivo o interesse em actividades ambientais, numa toada de melhorar a qualidade ambiental, através da sensibilização da comunidade regional.

A um nível mais concreto, planeamos a organização de Conferências/Colóquios abordando temáticas ambientais da actualidade visando uma maior participação pública e consciencialização destas temáticas e ainda visitas técnicas a locais de interesse ambiental. Através de acções de formação procuraremos de uma forma geral reforçar os conhecimentos em certas áreas de interesse geral e em particular na área de engenharia do Ambiente.

Contamos com a vossa presença e apoio nas nossas actividades futuras.


Luís Costa (Presidente)
Jorge Mateus (secretário)