sábado, 24 de janeiro de 2009

A internet está a transformar-se num monstro?

Recentemente foi divulgado um estudo que calculava o gasto energético de uma pesquisa no Google, que pelos vistos equivale a metade da energia necessária para ferver água numa chaleira eléctrica. Ou seja, cada pesquisa é responsável pela emissão de 7 g de dióxido de carbono (ver notícia). Multiplique-se este valor pelos milhões de pesquisas diárias pelo mundo fora e obtém-se um valor assustador.



Claro que a Google contesta estes valores, mas mesmo os 0,2 g de CO2 por pesquisa que a empresa apresenta já são significativos.

Um outro estudo mostra que à medida que a internet cresce, é necessária uma maior quantidade de energia para que os servidores cada vez mais potentes funcionem. Estima-se que em 2005 a energia gasta pelos servidores e centrais de dados representou 2 por cento da energia consumida no mundo em 2005, tendo o seu valor duplicado entre 2000 e 2005.



Para termos o real gasto energético (e consequentes emissões de CO2) da internet há que somar ainda a energia gasta pelos computadores dos utilizadores.

Aqui pelo Algarve andamos a produzir e a libertar CO2 no Estados Unidos (indirectamente), sempre que pesquisamos a Internet. Por exemplo para postar esta notícia sobre o Google, estima-se um gasto de energia eléctrica equivalente a aquecer uns 5 litros de água!!

Estará a internet a transformar-se num monstro insaciável? Ou estamos nós?

Fonte: Terramater - Comissão Europeia, Environmental Research Letters

http://blog.terramater.pt/

Imagens:

http://blog.terramater.pt/ - Logótipo do Google com tentáculos

http://aifuture.files.wordpress.com/2008/07/google.jpg - Google bem, Google mal

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Pedro Abrantes (NAMB)

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